Lucius Annaeus Sêneca, mais conhecido como Sêneca, nasceu em Córdoba (Espanha) em 4 a.C. e morreu em 65 d.C. Foi em Roma que recebeu primorosa educação, onde estudou oratória e filosofia.

Foi filósofo, escritor, advogado, orador, dramaturgo, estadista romano, conselheiro e o principal representante romano do estoicismo. Era conhecido como Sêneca o Jovem, o Moço, o Filósofo.

O estoicismo possui duas consequências éticas: uma é que a pessoa deve viver conforme a natureza, e a segunda é que um homem sábio torna-se livre e feliz quando não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.

O novo estoicismo se desenvolveu em Roma e está ligado a três grandes nomes: Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio. Pode ser encarado como um sistema para prosperar em ambientes de alto estresse e ensina a encarar a vida sob uma nova perspectiva. Em seu núcleo, a filosofia estoica ensina como separar o que você pode controlar do que não pode e nos treina para concentrarmos exclusivamente no que está sob nosso controle.

A adoção do estoicismo como filosofia de vida torna seus praticantes menos emocionalmente reativos, mais conscientes do presente e mais resilientes. A filosofia estoica ensina a agir, e não a falar.

Um breve contexto das lições de Sêneca em suas cartas

As 124 cartas de Sêneca que foram escritas para seu amigo Lucílio (“Cartas morais a Lucílio”) podem ser interpretadas como um guia prático para frugalidade e como contentar-se com o suficiente.

Elas foram escritas durante os últimos anos de sua vida, depois que Sêneca já havia se retirado da vida pública, e são uma de suas obras mais conhecidas.

As cartas procuravam dissuadir Lucílio sua formação inicial na escola epicurista (sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade), e encorajá-lo nos preceitos do estoicismo.

A obra “Cartas a Lucílio” mostra Sêneca na plena posse dos seus recursos como pensador inserido na corrente estoica. Elas oferecem algo além da filosofia: você terá vislumbres ocasionais da vida privada de Sêneca, bem como da vida em Roma no auge do poder imperial, ou seja, um ótimo bônus além do conhecimento filosófico!

A importância das Cartas deriva do fato de se situarem cronologicamente entre as produções da última fase da vida do autor e refletirem a forma mais amadurecida do seu pensamento. Elas contém uma soma de reflexões sobre uma enorme variedade de questões éticas, análises de situações concretas e apreciações sobre a natureza e o comportamento humano.

Como veremos adiante, Sêneca estava ciente da importância e atemporalidade de suas lições:

“Estou trabalhando para gerações posteriores, escrevendo algumas ideias que podem ser de ajuda para eles. Há certos conselhos sadios, que podem ser comparados às prescrições de remédios; estes eu estou pondo por escrito.”

— Sêneca, Carta 8

Os 16 ensinamentos de Sêneca sobre alimentação

Os ensinamentos compilados a seguir procuram mostrar o modo como o Estoicismo encarou a alimentação e traz os principais conselhos de Sêneca sobre o tema. Certamente existem muito mais que 16, mas estes resumem bem as principais lições.

Os estoicos propunham sobretudo uma vida marcada pela moderação. Diziam:

“Nada é suficiente para quem muito é pouco.”

Sêneca sugeriu que a vontade deve ser guiada exclusivamente pela razão, a fim de que haja uma plena adequação do homem à sua natureza. Propunha o desenvolvimento do autocontrole, pois considerava que um ser humano que vive em função da razão é mais feliz.

É evidente que o bem-estar estoico não se traduz em uma vida de prazeres, mas de abstenções.

É mais benéfico um estado de alma tranquilo do que deleitar em prazeres mundanos? Sêneca pensava que sim, afirmando que as emoções inerentes à satisfação dos prazeres mundanos não impedem o desespero humano e a infelicidade.

Apesar de nunca ter passado por necessidades básicas como fome, por exemplo, e de ter possuído, devido a robustez financeira de sua família, muito dinheiro, Sêneca gostava de enfatizar seu discurso que valoriza a simplicidade das coisas.

Sêneca vivia modestamente: bebia apenas água, comia pouco e dormia sobre um colchão duro. Não que devêssemos copiar na íntegra seu modo de viver, porém convém refletirmos sobre seus ensinamentos e nossas práticas atuais, onde evidentemente a grande maioria das pessoas vive uma relação um tanto quanto conturbada com a comida, bebida e por consequência com a saúde.

1. Cuide do seu corpo. Sua vida você depende dele.

“Devemos nos conduzir não como se devêssemos viver para o corpo, mas como se não pudéssemos viver sem ele.”

— Sêneca, Carta 14, Trecho 2

2. Uma mente saudável depende de um corpo saudável.

“O sábio, que procura sabedoria, está intimamente ligado ao seu corpo”

— Sêneca, Carta 65, Trecho 18

3. Não exagere. Contente-se com pouco.

Logo na 2º carta, Sêneca já traz uma reflexão interessante sobre a alimentação:

“Eu lhe digo que é o sinal de gula brincar com muitos pratos; pois quando são múltiplos e variados, eles enfastiam, mas não alimentam.”

— Sêneca, Carta 2, Trecho 4

De fato, de quanta comida e variedade precisamos em uma única refeição para nos alimentarmos? Se o objetivo fosse unicamente dissipar a fome real, nos contentaríamos com pouco.

Na 8º carta, Sêneca define uma regra complementar para uma vida sadia e saudável:

“Apegue-se, pois, a esta regra sadia e saudável da vida – que você satisfaça seu corpo apenas na medida em que for necessário para a boa saúde. O corpo deve ser tratado mais rigorosamente, para que não seja desobediente à mente. Coma apenas para aliviar a sua fome, beba apenas para saciar a sua sede, vista-se apenas para manter fora o frio, abrigue-se apenas como uma proteção contra o desconforto pessoal.”

— Sêneca, Carta 8, Trecho 5

O conselho precisa ganhar forças nos dias de hoje, para que as pessoas comam apenas quando estão com fome, bebam água para matar a sede e procurem alimentos que de fato vão nutrir o corpo. O objetivo da comida é justamente o de fornecer nutrição e não entretenimento.

4. Não sobrecarregue o corpo com excesso de comida.

“Além disso, ao sobrecarregar o corpo com comida você estrangula a alma e a torna menos ativa. Assim, limite o corpo, tanto quanto possível, e permita total liberdade ao espírito.”

— Sêneca, Carta 15, Trecho 2

Apesar de escrita séculos atrás, a reflexão é muito atual. Partindo de uma alimentação com baixa densidade nutricional, as pessoas sentem necessidade de se alimentarem o tempo todo, sobrecarregando o corpo com o excesso de comida que sequer cumpre o papel de fornecer nutrição. Comida que não nutre o corpo certamente nutre a doença!

5. Não deixe a fome te controlar.

Mesmo tendo sido chamado pela fome, Sêneca não deixava de absorver a leitura do livro que estava lendo:

“A luz do sol me chamou, a fome deu sinal, e as nuvens baixaram; mas absorvi o livro do começo ao fim.”

— Sêneca, Carta 46, Trecho 1

6. Não coma mais do que precisa apenas porque você pode.

Já na carta seguinte, a de número 47, Sêneca retrata o que ocorre quando alguém come mais do que deveria simplesmente pelo fato de poder assim fazê-lo em virtude de uma situação financeira privilegiada.

“O mestre come mais do que ele pode, e com monstruosa ganância carrega seu ventre até este ser esticado e por fim impossibilitado de fazer o trabalho de um ventre, de modo que logo estará em dores para vomitar toda a comida que deveria alimentá-lo.”

— Sêneca, Carta 47, Trecho 2

Sêneca também nos adverte sobre a necessidade de prestarmos especial atenção para as nossas companhias e locais que frequentamos. Nem todos possuem a capacidade de ficarem diante dos vícios e ainda assim permanecerem abstêmios. Portanto, não se cercar de pessoas com vícios torna a tarefa mais simples.

7. Cerque-se de pessoas que não te contaminam com seus vícios.

“Devemos selecionar moradias que são saudáveis não só para o corpo, mas também para o caráter. (…) Testemunhar pessoas vagando bêbadas ao longo da praia, as turbulentas festas, os lagos com música barulhentas e todas as outras formas em que o luxo, quando, por assim dizer, é libertado das restrições da lei não meramente peca, mas ostenta seus pecados publicamente, – por que devo testemunhar tudo isso?”

— Sêneca, Carta 50, Trecho 4

No trecho seguinte:

“Devemos cuidar para que fujamos para a maior distância possível das provocações ao vício. Devemos endurecer nossas mentes e removê-las das seduções do prazer.”

— Sêneca, Carta 50, Trecho 5

8. Evite luxos. Prefira uma vida simples.

Na carta 5, Sêneca explica o significado do lema estoico: “Viva de acordo com a Natureza” ao recomendar um estilo de vida comedido, evitando avareza e luxos extremos.

“Assim como é um sinal de luxo procurar finas iguarias, é loucura evitar o que é habitual e pode ser comprado a preço razoável. Filosofia exige vida simples, mas não de penitência; e podemos perfeitamente ser simples e asseados ao mesmo tempo.”

— Sêneca, Carta 5, Trecho 5

9. A fome pode ser sanada de forma fácil e com baixo custo.

Na carta 17, Sêneca volta a falar sobre a fome, mencionando o quão facilmente ela pode ser saciada e com baixo custo.

“É fácil preencher poucos estômagos, quando eles são bem treinados e anseiam nada mais, a não ser serem preenchidos. A fome custa pouco.”

— Sêneca, Carta 17, Trecho 4

Na carta 21, Sêneca aconselha o amigo novamente de que ele não necessita de luxos ou excesso de alimentos que podem ser obtidos quando a pessoa está diante de uma situação financeira favorável.

“A barriga não ouve conselhos; faz exigências, importuna. E mesmo assim, não é uma credora problemática; você pode despacha-la a pequeno custo, desde que somente você lhe de o que você deve, não meramente tudo que você poderia dar.”

— Sêneca, Carta 21, Trecho 11

10. A prática de se contentar com pouco te faz apreciar o que você tem.

Sêneca começa sua 20º carta pedindo para Lucílio provar suas palavras por meio de suas ações. É um lembrete gritante de que o estoicismo é uma filosofia prática, destinada a ser implantada diariamente durante a vida.

Por que as pessoas se comportam de maneira incoerente? Segundo Sêneca, esse é o resultado de 2 problemas:

  1. O primeiro é que muitas pessoas simplesmente não se incomodam com as inconsistências entre suas ações e suas palavras, ou seja, não levam a sério a busca pela virtude.
  2. A segunda é que, mesmo que algumas pessoas estejam incomodadas, elas facilmente retornam a velhos hábitos, por falta de sabedoria e insistência em sua busca.

Em seguida, Sêneca sugere o exercício de privação moderada como forma de fortalecimento da mente e do corpo e contentamento com o pouco que é suficiente:

“Considero, portanto, essencial fazer o que os grandes homens fazem com frequência: reservar alguns dias para nos prepararmos para a pobreza real por meio da pobreza imaginada (…). Nenhum homem nasce rico. Todo homem, quando vê pela primeira vez a luz, é condenado a se contentar com leite e trapos.”

— Sêneca, Carta 20, Trecho 13

A prática a que Sêneca se refere pode ser a de tomar um banho gelado, para lembrar de como é bom poder tomar um banho quente; um dia ou mais de jejum, para aproveitar melhor a próxima refeição; uma semana ou mais sem comprar nada além de comida; contentar-se com pouca variedade de comida ou até mesmo dormir no chão.

11. O prazer do seus exageros se transformarão em infelicidade.

Adiante, na carta 24, Sêneca fala do quanto os banquetes são prejudiciais ao corpo:

“Nossos próprios prazeres tornam-se tormentos; banquetes trazem indigestão.”

— Sêneca, Carta 24, Trecho 16

12. Não coma ou beba como formas de preencher suas inquietudes e angústias.

Ainda sobre os vícios, na carta 59, Sêneca pondera que:

“Nós, seres humanos, somos agrilhoados e enfraquecidos por muitos vícios; nós temos chafurdado neles há muito tempo e é difícil para nós sermos purificados. Não estamos apenas contaminados; nós somos tingidos por eles.”

— Sêneca, Carta 59, Trecho 9

Fica assim evidente não apenas a preocupação do filósofo com os vícios que o tempo todo nos rodeiam e instigam, mas também com a dificuldade que reside na tentativa de nos desvincularmos de vícios que foram adquiridos com o passar dos anos.

Em outro trecho da mesma carta, Sêneca expressa que muitos são os que procuram a felicidade nos banquetes e na embriaguez, na esperança de que a comida ou bebida sejam formas de preencher vazios existenciais, inquietações, angústias, medos e etc.

“Todos os homens desta estampa, eu sustento, estão focados na busca da alegria, mas eles não sabem onde podem obter uma alegria que é grande e duradoura. Uma pessoa procura-a no banquete e na autoindulgência; (…) todos esses homens são desviados por delícias que são enganosas e de vida curta – como a embriaguez, por exemplo, que paga por uma única hora de loucura hilariante via doença de muitos dias, ou como aplausos e a popularidade da aprovação entusiástica que são obtidos, e expiados, à custa de grande inquietação mental.”

— Sêneca, Carta 59, Trecho 15

13. Se você sempre quiser mais, nem todos alimentos do mundo serão capazes de te saciar.

A carta 60 traz uma reflexão que deve ser lida e relida até o momento em que fique gravada em nossa mente. Sêneca adverte que o problema não está em nosso ser, na medida em que tal como os demais animais, poderíamos nos alimentar apenas de modo a saciar nossa fome real. Contudo, por andarmos desconectados com o nosso instinto e por querermos sempre mais, nem todos os alimentos do mundo são capazes de nos saciar.

“O que, então? Será que a natureza nos deu barrigas tão insaciáveis, quando nos deu esses corpos insignificantes, que devemos superar os animais mais vorazes em ganância? De modo nenhum. Quão pequena é a quantidade que vai satisfazer a natureza? Um pouco vai mandá-la embora satisfeita. Não é a fome natural de nossas barrigas que nos custa caro, mas nossos desejos vorazes.”

— Sêneca, Carta 60, Trecho 3

14. Não espere que será fácil ou imediato mudar seus hábitos alimentares.

Na carta 41 Sêneca volta a falar sobre o lema estoico de “Viver de acordo com a natureza”. Contudo, informa ao amigo a dificuldade de se viver tal lema, na medida em que os homens foram atingidos pelos vícios uns dos outros.

“Viver de acordo com sua própria natureza. Mas isso é transformado em uma tarefa difícil pela loucura geral da humanidade; nós impulsionamos um ao outro ao vício.”

— Sêneca, Carta 41, Trecho 9

Sêneca sempre alertava que a alimentação servia como nutrição ao corpo, mas que a mente igualmente deveria ser nutrida por meio da leitura e do estudo da filosofia.

15. Pratique o jejum e contente-se com uma alimentação mais escassa.

Na mesma carta, Sêneca prega a prática do jejum, sugerindo que o amigo deixe de se alimentar por alguns dias:

“Resistir a tudo isso por três ou quatro dias por vez, às vezes por mais, para que possa ser um teste de si mesmo em vez de um mero passatempo. Então, asseguro-lhe, meu querido Lucílio, que saltará de alegria quando obtiver um centavo de comida (…)”

— Sêneca, Carta 18, Trecho 7

Contudo, adverte Lucílio no trecho seguinte, para que não pense que está fazendo “grande coisa”. Ou seja, não cometa o erro de se exibir pela prática do jejum, dado que ele apenas estaria fazendo o que já fazem muitos outros que conhecem a pobreza involuntária.

“Não há nenhuma razão, entretanto, para que você deva pensar que você está fazendo qualquer coisa grande; porque você estará apenas fazendo o que muitos milhares de escravos e muitos milhares de pobres estão fazendo todos os dias.”

— Sêneca, Carta 18, Trecho 8

Em seguida, Sêneca sugere que Lucílio separe alguns dias para ficar em casa e contentar-se com uma alimentação mais escassa:

“Comece então, meu caro Lucílio, siga o costume destes homens, e separe determinados dias em que você se retirará de seus negócios e ficará em casa com a alimentação da mais escassa. Estabeleça relações diplomáticas com a pobreza.”

— Sêneca, Carta 18, Trecho 12

16. Não se abstenha do prazer. Apenas não exagere!

A carta 18 é uma de minhas cartas prediletas, onde Sêneca dá o conselho de não se abster de se divertir, mas simplesmente não exagerar:

“Mostra-se muito mais coragem permanecendo abstêmio e sóbrio quando a multidão está bêbada e vomitando; mas mostra maior autocontrole recusar-se a se afastar e fazer o que a multidão faz, mas de uma maneira diferente, portanto, não se tornando conspícuo nem se tornando um dentre as multidões. Pois pode-se guardar os festivais sem extravagância.”

— Sêneca, Carta 18, Trecho 4

Claro que queremos nos divertir e compartilhar um momento agradável da vida com nossa família e amigos. Mas nós temos que ficar bêbados ou doentes por comer demais para fazer isso?

Como colocar as lições de Sêneca em prática

Após a leitura dos ensinamentos do Sêneca, reflita sobre o que leu e sobre a necessidade de colocar em prática os ensinamentos a fim de atingir uma vida melhor, mais saudável, vivendo de acordo com a natureza.

“Viver de acordo com a natureza” é um princípio fundamental do estoicismo e significa a habilidade de se comportar de forma racional como um ser humano, ao invés de aleatoriamente (ou por paixão e desejos) como uma fera. Em outras palavras, os filósofos estoicos sugerem que sempre devemos aplicar a razão em todas as nossas ações.

Então como podemos fazer?

Simples

  1. comendo o que a natureza nos dá, o mais natural e da época possível e com os alimentos de cada estação;
  2. evitando comida que não oferece nenhuma nutrição ao corpo;
  3. praticando atividades físicas, já que o nosso corpo não foi projetado para o ócio;
  4. dormindo quando chega a noite e não de madrugada;
  5. respeitando o frio e o calor a cada estação do ano e não fugindo deles como se vivêssemos num só clima o ano inteiro,
  6. nos alimentando e jejuando, em um equilíbrio entre o físico e o psicológico, cuidando sempre do corpo e da mente de igual modo.

Por fim, faça de Sêneca parte da sua rotina diária. Reserve alguns minutos por dia e leia uma carta. Seja no café pela manhã, antes de dormir, ou em algum lugar intermediário. Tente digerir uma carta diariamente.

Proponho que tente descobrir e praticar os ensinamentos de Sêneca, vivendo de acordo com a Natureza.

Somos parte dela, e somente faz sentido viver consoante as suas regras.

Referências:

CARTAS De Um Estoico. Um Guia Para Uma Vida Feliz. [S. l.: s. n.], 2017.

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